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FMI elogia medidas de alívio do custo de vida em Moçambique

13 de abril de 2011

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou na última sexta-feira (08/04), em Maputo, “corajosas” as medidas que o Governo moçambicano tomou para aliviar o custo de vida, atribuindo maior “crédito” à introdução da cesta básica a favor das camadas sociais pobres.

Em março, o Conselho de Ministros moçambicano decidiu rever a partir deste mês o preço geral dos combustíveis, aplicando o preço real, e aumentar gradualmente o preço de combustível aos transportadores de passageiros até agosto.

O Governo aprovou igualmente a introdução, em junho, de um pacote básico para pessoas com rendimentos inferiores a 2.000 meticais (46 euros), “composto por cereais, pão, peixe de segunda, óleo alimentar, açúcar e feijão” e a introdução de um passe de transporte para trabalhadores e estudantes.

Comentando as medidas decretadas pelo Executivo, o representante-residente do FMI em Moçambique, o brasileiro Victor Lledo, considerou-as corajosas e merecedoras de crédito.

“Foram medidas corajosas no contexto político e econômico atual. O Governo merece crédito por isso. O Governo segue um princípio da eliminação dos subsídios gerais e custosos e opta pelo mecanismo de transferência de rendas mais focalizado e de baixo custo”, disse Victor Lledo, em conferência de imprensa.

O fato de o Governo moçambicano pretender inscrever as medidas em causa no Orçamento Retificativo que poderá apresentar à Assembleia da República foi também elogiado pelo representante-residente do FMI.
“O fato de ser por via de um Orçamento Retificativo indica o compromisso do Governo com a transparência fiscal”, sublinhou Victor Lledo.

Moçambique vai voltar a crescer perto dos dois dígitos este ano, prevê FMI

O crescimento da economia moçambicana vai reaproximar-se a partir deste ano dos dois dígitos, resistindo ao impacto da escalada em curso dos preços dos combustíveis e dos alimentos, previu hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O representante-residente do FMI em Moçambique, Victor Lledo, anunciou hoje as expectativas da organização em relação à economia moçambicana, na sequência de uma avaliação feita por uma missão do FMI, que visitou Moçambique, entre 23 de março e 7 de abril.

Em conferência de imprensa sobre os resultados da missão, Victor Lledo afirmou que uma previsão mais conservadora indica para uma taxa de crescimento da economia moçambicana de 7% este ano, e uma mais otimista para 7,5%, podendo ir até aos 7,8%.

“Moçambique tem condições para voltar a partir deste ano a crescer a taxas próximas dos dois dígitos”, afirmou o representante-residente do FMI, apontando os megaprojetos, telecomunicações e agricultura como os setores que mais vão impulsionar a dinâmica da economia moçambicana.

Questionado sobre o efeito das crises nos combustíveis e nos alimentos nas perspectivas de crescimento da economia moçambicana, Victor Lledo afirmou que a estrutura da economia do país permite manter o otimismo em relação ao futuro.

“O cenário internacional é bastante desafiante, mas acho que a estrutura da economia moçambicana permite o crescimento a taxas anteriores à crise financeira internacional”, enfatizou o representante-residente do FMI em Moçambique.

As autoridades moçambicanas, disse ainda Victor Lledo, devem manter “um foco de curto prazo no combate à inflação, evitando a queda da taxa de juro de referência e níveis de contenção de gastos prudentes e mais aprimorados”.

Fonte: Adapatação Club of Mozambique