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Governo moçambicano busca apoio financeiro nos Países Emergentes
13 de agosto de 2012
O governo moçambicano pretende estender sua busca por financiamentos externos junto às economias emergentes e em instituições financeiras multilaterais como alternativa à provável redução dos doadores europeus face à crise na zona euro.
O governo também já afirmou publicamente que alguns países parceiros e doadores internacionais tem se retraído por também atravessarem momentos difíceis, enquanto outros reduziram inicialmente os financiamentos, para depois introduzirem algumas cláusulas quanto à utilização e desembolso desses fundos.
O ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuerneia, informou em um briefing com a Imprensa, ocorrido em de agosto em Maputo que o maior contribuinte da economia moçambicana é a União Europeia, organização cujos países membros foram afetados pela crise na zona euro.
“A estratégia de Moçambique para fazer frente a essa crise é incentivar a produção nacional e procurar financiamento para a economia em outros quadrantes do mundo, principalmente nos países de economias emergentes, e também trabalhar com instituições multilaterais de financiamento. Importa referir que, apesar da crise na Europa, Moçambique continua a crescer”, afirmou.
O Banco Mundial também manifestou interesse em conceder financiamento não-concessional à Moçambique, através de uma das suas janelas para projetos estruturantes orientados para exportação. O apoio do Banco Mundial poderá ser pela mobilização de financiamento para o setor privado através da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA, sigla em inglês) e da International Finance Corporation (IFC).
O alumínio, um dos principais produtos de exportação com peso considerável nas contas moçambicanas, também viu seu preço reduzido no mercado internacional. Todavia, Aiuba Cuereneia considera que a contribuição do alumínio na economia nacional continuará a aumentar.
“Basta referir que o setor de manufaturas teve um crescimento no primeiro semestre de 2012 de 5,1%, quando a nossa previsão para o final deste ano é de um crescimento de 3,6%. Isso significa que, apesar do decréscimo de preços do alumínio no mercado internacional, a nossa produção continua a ser constante e está aumentando. Além do alumínio, há também os setores de bebida e produção alimentar que contribuíram para o crescimento de 5,1% nesse setor”, disse.
Adaptado do site africa21digital