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Moçambique capta investimentos de 90 bilhões de Dólares para energia e minas

14 de junho de 2012

Moçambique receberá nos próximos anos investimentos avaliados em 90 bilhões de Dólares para projetos nos setores energético e mineral, cerca de sete vezes o valor atual da economia do país, de acordo com a EIU (Economist Intelligence Unit).

Em seu mais recente relatório a EIU afirma que o país “está na fase inicial de expansão sustentável do investimento direto estrangeiro, em resultado do seu potencial energético e mineral”.

O investimento proposto inclui projetos minerais, caminhos-de-ferro, portos, geração de energia hidroelétrica e termal, muitos estão em curso ou em fase inicial.

Cerca de 21 bilhões de Dólares destinam-se à geração de energia, 68 bilhões ao desenvolvimento de gás natural na província de Cabo Delgado, sendo 18 bilhões da norte-americana Anadarko Petroleum e 50 bilhões da italiana ENI.

Embora alguns dos projetos não tenham ainda uma data especifica, espera-se que a maioria se inicie nos próximos 10 anos.

Recentemente, a ENI (Empresa multinacional petrolífera) ampliou a estimativa de capacidade dos seus blocos de gás na bacia do Rovuma, de 10 bilhões de pés cúbicos, para 40 bilhões. As reservas de gás totais na área podem ser até maiores, pois a ENI planeja perfurar mais quatro poços até fim do ano.

Vários grupos do setor têm grande interesse no projeto, prova disso é a disputa entre a Royal Dutch Shell e a Tailandesa PTT pelo controle da Irlandesa Cove Energy, na qual a sua participação é de 8,5% no consórcio liderado pela Anadarko Petroleum.

O início da produção de gás natural no mar é para depois de 2018, o governo moçambicano planeja lançar mais uma bateria de licenças para a abertura de novos blocos na bacia do Rovuma, desta vez na zona sul. As autoridades anunciaram um plano para aumentar a participação máxima do Estado que, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, detém atualmente 25% dos blocos petrolíferos, pretendendo aumentar para 40%.

“Espera-se que o aumento da participação do Estado seja uma das principais reformas na nova legislação mineral do país”, afirma a EIU.

O novo código mineral também vai cobrir a exploração de gás, assim o governo procurará taxar fusões e aquisições, além de estabelecer regras mais restritas para projetos sociais de empresas de mineração. “A nova lei não deverá aumentar a produção e impostos sobre as empresas, que são considerados internacionalmente competitivos, não deverá afastar investidores, dada a extensão da riqueza mineral Moçambicana”.

 

Fonte: Adaptação do site Macauhub